quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Ticiana old blues...

(...)
Longe os teus cabelos voam por entre as árvores cantam
O teu nome aves exóticas dentro de mim voam
(...)

Do outro lado do rio...

Do outro lado do rio
cada voz é um poema.
Faz o barqueiro um desvio,
vai e vem rema que rema,
ao outro lado do rio.

Todo o sol, a névoa, a noite
me condensa esta saudade
nada impede que me foite
e resguarde sem verdade
ao outro lado, pela noite.
Surgem estrelas nas mágoas
nas mágoas do meu desterro.
Atravessar estas águas
e reparar o meu erro.
O meu erro e suas máguas.

Do outro lado do rio,
que imenso reino para mim!
Aqui tenho fome e frio.
Aqui para onde vim.

Do outro lado do rio
guardo o sol na minha mão
fechado que mais não tenho
os meus sonhos onde irão?
sendo eu aqui um estranho.
um sol fechado na mão.

Fernanda Botelho